sexta-feira, 31 de dezembro de 2010


Agradecimento a Deus

É hora de agradecer a Deus por todos os momentos vividos neste ano de 2010. A tristeza, a dor, o sofrimento são inevitáveis. Faz parte da nossa caminhada. Mas são nestes momentos que devemos agradecer mais a Deus, pois Ele jamais nos abandona e se passamos por esses obstáculos, é para um bem muito maior que no tempo que nos for devido, conheceremos.

Mas foi uma ano também de alegrias, sorrisos, de descoberta de um novo amor, da chegada de novos membros na família, de conseguir aquele emprego tão esperado, enfim, um ano com muitos motivos para comemorar.

Toda hora é hora de agradecer.

Todo momento é momento de agradecer.

Todo tempo é tempo de agradecer.

Obrigada Senhor, por eu ter esta oportunidade de passar mais um reveillon ao lado das pessoas que amo.

Obrigada Senhor, por todas as graças recebidas e por todas as graças que ainda receberei neste ano de 2011.

Obrigada Senhor pelo dom da vida.

Te louvo e Te bendigo por todas as maravilhas que realizas.

By Katiane

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Qual o problema do Rock pesado?
Os jovens gostam muito de música, mas não é qualquer música que faz bem à sua alma.A beleza da música está na letra e na melodia. É uma arte, e assim deve ser apreciada.
A música não deve ser instrumento para expressar as próprias frustrações ou irreverências, caso contrário ela perde a sua beleza. Portanto, rejeite a música suja e baixa; não a cante.Os jovens gostam de música barulhenta; tudo bem, mas ela não deve ser sensual, imoral, pornográfica, com requebrados eróticos, etc.
O barulho não ofende a Deus, mas o pecado sim.
Saiba que qualquer som que ultrapasse a intensidade de 120 decibéis de intensidade é prejudicial à saúde e pode levá-lo a perder a audição, ou ainda pode causar zumbido nos ouvidos, e outras complicações auditivas.Muitos salões de músicas jovens chegam aos 120 decibéis. Cuidado, a poluição sonora mata células nervosas do cérebro, que são responsáveis pela audição, e essas células não se reproduzem mais.
Sabemos que hoje muitas músicas estão repletas de palavrões, baixarias, até ofensas a Deus. Outras, como em alguns rocks pesados, estão repletas de violência, pornografia, exaltação ao demônio, instigação ao sexo, ao suicídio etc.
Tudo isso precisa ser evitado e renunciado com o propósito de não aderir a essas músicas e shows.
Esses shows e festivais de rock pesado, ou outros ritmos, são, às vezes, ocasiões de consumo de drogas e liberação dos mais baixos instintos sexuais e de violência, também de práticas demoníacas, bruxaria e coisas semelhantes.
Muitos roqueiros terminaram de maneira triste as suas vidas ainda na juventude. Veja alguns casos:
- Janis Joplin. "Rainha da música rock" morreu de overdose de heroína.
- Jimi Hendrix, morreu sufocado com seu vômito após embriagar-se e tomar sedativos.
- Elvis Presley, conhecidíssimo, morreu devido ao consumo de drogas.
- Bom Scott, AC/DC, autor de "rodovia para o inferno", morreu asfixiado pelo seu vômito após passar a noite tomando bebidas alcoólicas.
É o caso de se perguntar:
Você escolheu um desses para ser o seu mestre? Ou como dizem os jovens, para ser o seu ídolo?
É esse o caminho de morte que você quer para a sua vida?É sabido que alguns cantores de rock pesado e seus adeptos praticam o satanismo. Os nomes dos conjuntos mostram isso:
- "Black Sabbath" (Missa Negra); os membros gostam de chamar-se de "adoradores do diabo do rock".
Kiss – "Knights In Satan Service" (Cavaleiros a Serviço de Satanás).
O conjunto Black Sabbath, da Inglaterra, fez um pacto com Satanás durante um "batismo" demoníaco.
É preciso que você saiba que, muitas vezes, os jovens cantam essas músicas sem saber que estão louvando a Satanás.
Professor Felipe Aquino

sábado, 13 de novembro de 2010


Por que Deus não me transforma?

Já prestei atenção e concluí que existem coisas em mim – por piores que sejam – que Deus não muda. Ao contrário, permite que eu conviva com certas fraquezas e me educa para que eu não me inquiete nem me orgulhe. É como um teste! Na verdade, é a oportunidade que tenho de Lhe dizer que meu amor por Ele fundamenta-se naquilo que Ele é e não nas graças que me concede. Preste atenção! Verifique se o mesmo não se dá em você e não perca a oportunidade de dizer que você O ama pelo que Ele é e não pelo que faz por você!
Ricardo Sá

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quem ama cuida!


Quer saber quais as coisas que você ama?
Acredito profundamente na máxima que diz: “Quem ama cuida”, e percebo que tal ditado se estabelece como critério avaliativo para pesarmos nossos relacionamentos.Quer saber quais as coisas que você ama? É só verificar atentamente as coisas das quais você cuida, pois a gente só percebe que ama depois que descobre que cuida.
Você ama sua família? Seus amigos? Sua esposa (o)? Você cuida destes? Quanto tempo você gasta com eles? Ou seu amor é apenas um vago sentimento que não muda em nada a vida dos que lhe são caros… Amor implica atitude, não existe amor estático, só de palavras; quem ama incomoda.
Amar é buscar o outro, é preocupar-se com ele, é gastar tempo com a pessoa e por causa da pessoa. Amar é ter a coragem de se expor pelo outro. Não acredito naqueles que dizem nos amar, mas não fazem nada para que nossa vida se torne melhor. Quem ama dá um jeito, arranja tempo, liga, se envolve; enfim, se faz presença.
Não se constroem grandes relacionamentos por meio de cursos de correspondência. Para que os laços se aprofundem é preciso gastar tempo ao lado do outro. Deus nos livre de relacionamentos superficiais, nos quais o que impera é a representatividade e o cuidado é ausente… Amor sem cuidado é arte sem encanto, é corpo sem alma, é abstração.
E mais: será que nós nos amamos? Será que cuidamos de nós, de nosso visual, de nosso coração? Será que investimos em nós? É impossível cuidarmos de alguém se não aprendemos a nos cuidar. E também, por vezes, teremos que aprender a nos deixar cuidar pelos outros, pois, do contrário, correremos o risco de morrer isolados em nossa própria resistência.
O que você ama? Do que você cuida ou precisa cuidar?
Ainda dá tempo, sempre dá…


Adriano Zandoná

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O mais importante é o amor

Qualquer que seja a profissão escolhida, esta deve estar a serviço do amor a Deus e ao próximo. E a primeira maneira de amar bem é trabalhar bem, pois assim estaremos servindo bem os outros. O Papa Paulo VI disse que “o amor é a vocação fundamental do ser humano” (Persona humana, 7).
É preciso que cada um de nós encontre o seu lugar na sociedade e na Igreja sem desperdiçar a vida, o tempo e os talentos, pois os outros precisam de nós. Acumula méritos diante de Deus quem “faz o bem sem olhar a quem”. Ninguém pode se sentir inútil ou desnecessário neste mundo, pois Deus tem uma missão para todos, seja solteiro ou casado. “Quem não vive para servir não serve para viver”, diz um ditado. Amar é servir, e é isso que nos faz felizes e santos. Fazer o bem faz bem. Dom Bosco disse que "Deus nos colocou neste mundo para os outros”. Charlie Chapplin disse que "o homem não morre quando deixa de viver, morre quando deixa de amar”.
No amor está a força da vida. Amar é dar-se de maneira espontânea, voluntária e desinteressada. Muito mais do que dar coisas aos outros, é preciso dar-se a si mesmo, sua dedicação, seu tempo, seu coração.
Só o amor constrói o homem e o mundo. O amor nunca morre ou acaba, mesmo que seja pregado numa Cruz. A razão da frustração do homem pós-moderno é que ele dominou o mundo e as estrelas, mas não aprendeu a amar o irmão que está ao seu lado. Só uma vitória do amor pode dar paz e felicidade ao mundo.

Há muitas pessoas que ainda são más, porque ainda não fizeram a experiência do amor; nunca foram suficientemente amadas. "O amor é a asa que Deus deu à alma para que ela possa subir até ele”, disse Michelangelo. A falta de amor desintegra o homem e a humanidade.
Sabemos que a árvore que retiver os seus frutos perece. É preciso ser como a árvore, saber dar os seus frutos a qualquer um que se achegue. Deus se dá aos que doam; ninguém é pobre e infeliz quando ama. Enriquecemo-nos pelo que damos, muito mais do que pelo que temos. O verdadeiro amor começa onde não espera nada em troca. Mas para que você possa se dar é preciso que você se possua. Ninguém dá o que não tem, ninguém dá aquilo que não possui; se você não se possui, não se domina, não têm o controle sobre as suas paixões, então, será difícil se doar aos outros. Esta é uma razão clara porque muitos são egoístas.
Alguém já disse: procurei a mim, mas não me encontrei; procurei Deus, mas não O encontrei, procurei o meu irmão e achei os três. Amar é uma decisão consciente de ir ao encontro dos outros e dar-se a eles. Isto nos faz felizes. Tudo aquilo que você encontra em seu caminho deve ser olhado como uma oportunidade de amar. O verdadeiro amor nos torna livres, porque nos liberta das coisas e de nós próprios.
Amar não é uma opção de momento, mas uma opção de cada momento. Não é um ato sentimental, é uma decisão. Jesus mandou que nos amássemos como Ele nos amou. Mas como Ele nos amou? Numa cruz. Não há nada de romântico e sensual numa cruz; mas há uma decisão.
O único “Império” que sobreviveu durante dois mil anos foi o que Jesus Cristo fundou sobre o amor e, até hoje, milhões morreriam por Ele. Só dura para sempre o que é feito por amor, pois ele se regozija com a felicidade do outro e dela faz a sua própria felicidade.
Duas coisas são necessárias para transformar uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios. Sabemos que não falta pão no mundo para todos se alimentarem; há muito mais do que o necessário, mas falta amor e os homens acabam carentes de pão.
Disse Madre de Calcutá que: “Um coração alegre é o resultado normal de um coração inundado de amor”.
Para amar é preciso estar disponível. Se alguém o procura com frio, é porque sabe que você tem o cobertor. Se alguém o procura com lágrimas, é porque sabe que você tem palavras de conforto. Se alguém o procura com dor, é porque sabe que você tem o remédio. Se alguém o procura com fome, é porque sabe que você tem alimento. Se alguém o procura com dúvidas, é porque acredita que você tem a orientação que ela precisa. Se alguém o procura com desânimo, é porque acredita que você tem fé. Ninguém chega por acaso a você!


Felipe Aquino

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Rotina

Estou cansada de trabalhar e ver todos os dias as mesmas pessoas no caminho; passar horas trabalhando.Chego em casa e meu marido sempre do mesmo jeito, com a mesma disposição, a mesma comida para o jantar. Entro no banho e logo ele começa a reclamar.Quero descansar e assistir minha novela, mas meus filhos não me deixam, porque querem brincar comigo e conversar. Não entendem que estou cansada.
Meus pais também me irritam algumas vezes e entre trabalho, marido, filhos, pais e cuidar da casa, eles me deixam louca.
“Quero Paz”.
A única coisa boa é dormir. Ao fechar os olhos sinto um grande alívio, me esqueço de tudo e de todos.
-Ao dormir ...“Olá, vim te ajudar”.- Quem é você? Como entrou?-“Sou um servo de Deus. Ele disse que ouviu suas queixas e que você tem razão”.
-Isso não é possível, para isso eu teria que estar...
-“Isso, você está. Não se preocupará mais em ver sempre as mesmas pessoas, nem por aguentar o seu marido com suas reclamações e sua disposição, nem seus filhos que te irritam, nem terá que escutar os conselhos de seus pais e não terá mais qualquer casa para cuidar.”
- Mas... Que acontecerá com todos? Com meu trabalho? Minha casa ?
-“Não se preocupe. No seu trabalho já contrataram outra pessoa para o seu lugar e ela certamente está muito feliz porque estava sem trabalho”.
- E meu marido, meus filhos?- “Ao seu marido foi dado uma boa mulher que o quer bem, o respeita e o admira por suas qualidades, aceita seus gostos e defeitos e todas as suas reclamações. Além disso, ela se preocupa com seus filhos como se fossem filhos dela. De certo, tem uma emoção muito grande já que é estéril. Por mais cansada que chegue do trabalho, dedica tempo a brincar com eles e para agradar seu marido. Todos estão muito felizes”.
-Mas não quero isso!
-“Sinto muito, a decisão foi tomada”.
- Mas isso significa que jamais voltarei a beijar o rostinho dos meus filhos, nem dizer “eu te amo” ao meu marido e mostrar a eles o quanto são importantes na minha vida, nem dar um abraço nos meus pais.
- Não, não quero morrer, quero viver, envelhecer junto ao meu marido, fazer a viagem que há muito planejamos, colocar aquela roupa que comprei há mais de 1 ano, levar meus filhos ao passeio que sempre prometi. Não quero morrer ainda...
- “ Mas era o que você queria... Descansar. Agora já tens seu descanso eterno, durma para sempre”.
- Não, não quero, por favor, Deus!
- ..... “ Que aconteceu amor? Teve um pesadelo?” Disse meu marido me acordando com paciência e carinhosamente.
- Sim, um pesadelo horrível.... Parei a frase ao meio, olhei em seu rosto, seu semblante preocupado comigo, ali do meu lado, e então, sorrindo falei:
- Não meu amor.... não tive pesadelo nenhum, tive um encontro com Deus, que nos adora, e que acaba de me dar uma nova oportunidade.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

“Onde não há obediência, não há virtude. Onde não há virtude, não há bem, não há amor; e onde não há amor, não há Deus; e sem Deus não se chega ao Paraíso. Tudo isso é como uma escada: se faltar um degrau, caímos”.

(São Padre Pio)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quem é o Espírito Santo?
É Aquele que torna visível e concreto o amor perfeito e maior
Um dia, uma criança encontrou um monge na rua e, cheia de entusiasmo, perguntou-lhe: – “O senhor poderia me dizer quem é o Espírito Santo?”. O religioso iniciou a explicação com toda sua sabedoria sobre o que a Teologia diz a respeito da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, partindo da Sagrada Escritura e comentando o pensamento dos teólogos mais importantes.
O ensinamento do monge era perfeito e correspondia ao pensamento da Igreja, mas o menino foi embora triste por não ter entendido nada e sem ter obtido uma resposta. Mais à frente, o garoto encontrou uma mulher com um bebê de colo, a qual o colocou no chão e começou a ensiná-lo a caminhar. Chamando-o, estimulando-o, acariciando-o e o aconselhando sobre os primeiros passos que ele deveria dar para poder caminhar sozinho. Quando a criança estava prestes a cair a mãe a levantava com muito cuidado e se ela, no entanto, caísse, ela procurava defendê-la dos possíveis perigos.
Enquanto o menino observava essas cenas o monge chegou até ele e lhe disse: –“Olha, meu filho, eu falei muita coisa sobre o Espírito Santo sem que você compreendesse nada. Agora, contudo, você pode olhar a vida de todos os dias, o amor com o qual aquela mulher cuida, ensina e corrige a sua criança é um símbolo real do Espírito Santo de Deus. Ele é o amor visível”.
Podemos tentar explicar o Espírito Santo Paráclito por meio das mais elevadas teologias sofisticadas, mas esse fato relatado acima nos ensina uma verdade muito importante. O Espírito Santo de Deus é amor e o mais nobre dos sentimentos pode ser compreendido somente se somos capazes de amar. Somente quem ama e procura viver no amor pode entender essa realidade. São João entende a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade como o amor, fonte e consolador: o amor é o verdadeiro dom de Jesus, aquele dom que é transmitido com um sopro, cuja finalidade é que cada um de nós viva no amor.
É o Consolador, o Paráclito, Aquele que mora nos nossos corações, e é perto de nós, nos acompanhando e lutando por nós, que toma a nossa defensa e fala no mais íntimo de nosso interior. Não podemos vê-Lo, mas sabemos que está presente (assim como o vento: não o vemos, mas o sentimos), sabemos que é Deus a infundi-Lo em nós e a nos doá-Lo. O Espírito Santo não é outra coisa que o amor com o qual o Pai ama o Filho e faz presente este amor supremo na vida dos homens. Ele é Aquele que faz visível e concreto o amor mais perfeito e maior: Jesus sobre a Cruz.
Cada vez que a Igreja se reúne para celebrar a Eucaristia, sobre o altar, o pão e o vinho se tornam, pela ação do mesmo Espírito Santo, o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, fazendo realmente presente e visível o Seu amor, que vem morar em nós para nos ensinar e guiar à verdade completa. O Espírito Santo, cada vez que a Igreja celebra a Reconciliação, atualiza – por intermédio do sacerdote – o sacrifício de Cristo, que nos perdoa e nos liberta dos pecados. E o faz por meio de todos os sacramentos, por meio dos quais se faz presente este amor que cura, liberta, protege, justifica, salva. Enfim, podemos dizer que cada vez que a pessoa ama realmente, com o amor de Jesus, faz com que o Espírito Santo de Deus se torne presente na vida do mundo, porque onde há caridade e amor ali está Deus.
Se quer conhecer o Espírito Santo olhe o Crucificado e peça a Jesus Cristo que o ensine a amar com o Seu mesmo amor, então, O verá, sentirá a Sua voz, que fala por intermédio dos pequenos e dos pobres, verá o lugar da Sua morada, que é a Igreja e verá a Sua glória, que é o Pão partido sobre o altar para a vida do mundo.
Pe. Paolo Morocutti

domingo, 12 de setembro de 2010

Como descobrir o que Deus tem pra mim?

O chamado de Deus é sempre misterioso, feito ao coração, à inteligência. Quem não o sente, não o escuta; quem não o percebe, não o ouve.
Deus não grita palavras de ordem nem imperativos. Vai chegando, as vezes de surpresa; quase sempre de mansinho, propõe e persuade, sugere, inquieta, aponta para os fatos e para as coisas, e um dia, um não sei quê, que nasce não sei onde e vem não sei por que, age e dói lá dentro do peito, embaralha a cabeça e faz bem ao coração e nos diz que estamos sendo levados na direção do serviço a Deus, ao irmão, à comunidade, a um alguém muito especial.
É o mistério da vocação. Sabemos que alguém nos chama, não ouvimos nada, mas sentimos que Ele nos quer. E, se alguém nos perguntasse porque tanta certeza, nem saberíamos explicar o que houve. Está nos fatos, está nos outros, está em nós...
É misterioso como Deus. É atuante, vital, perceptível, mas invisível aos olhos!
Como o ar que respiramos, vivemos dele, mas não podemos vê-lo!

Pe. Zezinho

domingo, 5 de setembro de 2010

Saber esperar, uma grande virtude

Constatamos claramente que existe na sociedade de hoje uma suposta "cultura do imediatismo", e se analisarmos cuidadosamente nosso proceder encontraremos nele marcas desse imediatismo vigente.
Queremos tudo pronto, do jeito que idealizamos e na hora em que pensamos. Por isso, o homem contemporâneo se perde cada vez mais em uma profunda superficialidade, pois não consegue experimentar o crescimento e a maturidade que o ato de esperar traz a cada pessoa. Como diz o ditado: "O apressado come cru". É verdade. Basta olhar para os fatos.
Quantas são as pessoas que se encontram infelizes ou se separaram, partiram, enfim, porque se casaram precipitadamente… Quantos jovens se encontravam ansiosos para casar e, até contrariando a muitos, se casaram antes da hora, e depois como fruto de sua impaciência vivem um verdadeiro inferno conjugal. E o que é pior: chegando até a culpar a Deus pelo seu infortúnio.
Na hora de fazer algo não se pensa em Deus nem se pergunta para Ele, depois cruelmente Ele se torna o vilão da história… É como o aborto. "Na hora de fazer ninguém pensa", depois que acontece a gravidez surgem as justificativas: "Não tenho condições de criar essa criança". Ou "Não tenho uma boa situação financeira, por isso não poderei dar uma boa educação [para a criança]". Por que não se pensa nisso na hora de concretizar o ato? Por onde andava a "responsabilidade" nesse momento?
Agir precipitadamente em busca de um prazer imediato muitos querem, mas assumir as consequências de suas ações poucos ou quase ninguém quer… É nossa a responsabilidade pelos nossos atos, ou pelo menos deveria ser.
Saber esperar o tempo certo é sinal de maturidade. Quem é maduro espera, quem não o é inventa motivos ilusórios para fazer sua vontade antes do tempo.
"A paciência tudo alcança", a espera nos faz crescer. Deus lhe dará o que você pede (se for conforme a vontade d'Ele), mas, antes, Ele o prepara para receber. E saiba que é sempre mais do que foi pedido. Basta apenas confiar e esperar n'Ele.
Precisamos aprender a não desistir; a não desistir dos outros e, principalmente, de nós mesmos. Tudo tem seu tempo, é necessário dar tempo ao tempo, cada pessoa tem seu tempo de amadurecer e crescer, não temos o direito de desistir das pessoas impulsionados pelo nosso imediatismo.
Quem é maduro sabe esperar o tempo de cada pessoa, o tempo do amigo, da esposa, do companheiro de trabalho, entre outros. Temos que acreditar nas pessoas, enxergando além de suas fraquezas do hoje, pois o mundo está carente de pessoas que vejam nas outras a virtude que está por vir, o positivo que está escondido por detrás da imperfeição… Já existe muita gente que condena e aponta o erro, precisamos de gente que aja de forma diferente.
Você também não tem o direito de desistir de você, nem de ninguém. Calma. Aos poucos tudo se encaixa. Tenha paciência consigo, pois, “a conversão é um processo e não uma mágica…”
Tenho medo de pessoas que se acreditam práticas e resolvidas demais, pessoas que são rápidas e boas em tudo, pois estas, por inúmeras vezes, matam a muitos que precisam ter a oportunidade de ser gente; "gente que não nasce sabendo e que aprende aos poucos".
Do que vale uma perfeição que sufoca o outro? Jesus nunca nos pediu isso. Ao contrário, Ele nos pede a misericórdia.
"Paciência não se ganha, se conquista, mas, com paciência…". Se você não entendeu alguma coisa, não se preocupe, calma. Aos poucos você vai compreender… Aliás, quem foi que disse que você tem de entender tudo? Quem!?

Adriano Zandoná

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E lá vou eu, para mais uma...
O Senhor é o meu refúgio. Em Ti deposito a minha esperança. Nada temerei. Venha o que vier, a minha vida está eu Tuas mãos.

By Katiane

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Para encontrar a pessoa certa é preciso ser a pessoa certa

Vivemos em uma sociedade que cada vez mais despreza todas as formas de compromisso e de seriedade relacional. Diante disso, experiências de supostas aventuras momentâneas acabam, na maioria das vezes, prevalecendo diante do desejo de se viver um comprometimento sério no namoro.
De fato, em meio às frágeis concepções relacionais existentes em nosso tempo, torna-se cada vez mais difícil encontrar “a pessoa certa” para se viver um sadio relacionamento afetivo. Além do que, neste processo de encontrar a pessoa certa muita paciência e sabedoria são necessárias.
Aqui se aplica concretamente a antiga máxima: “Antes só do que mal acompanhado”, pois, em tais circunstâncias uma escolha errada pode acarretar terríveis e desagradáveis consequências: afetivas, emocionais e existenciais.
Para se encontrar a pessoa certa é preciso antes ser a pessoa certa, ou seja, é necessário estar preparado para tal encontro, para, assim, poder oferecer o melhor de si ao outro.
O namoro é uma realidade para a qual é preciso preparar-se, e preparar-se bem: através oração e vivência dos sacramentos, buscando a própria cura interior, procurando moldar as fragilidades do temperamento, entre outros. Enfim, para ser a pessoa certa para o outro se faz necessário estar bem consigo, com os próximos e, principalmente, com Deus.
E só está realmente bem aquele que não centrou seu coração em si mesmo, mas n’Aquele que lhe é infinitamente superior, dando a Este a total prioridade em tudo o que se é e se faz. O encontro com um “outro” não pode ser a única e cega meta da vida, mas ao contrário, deve ser a simples consequência do encontro com o “Outro”, que confere o verdadeiro lugar para todo e qualquer afeto humano.
Quem ainda não colocou o Sagrado no centro de sua existência não está pronto para viver um relacionamento sadio, pois correrá o sério risco de divinizar o outro, dando a este um lugar devido somente a Deus e, consequentemente, exigindo dele o que somente o Senhor pode lhe oferecer, tornando, dessa forma, a relação pesada e sufocante.
Existem lacunas em nós que somente o amor de nosso Autor poderá preencher, e apenas a partir de um profundo encontro com Ele nossos relacionamentos poderão tornar-se maduros e realmente bem sucedidos.
O amor só pode ser vivenciado com vida e equilíbrio, onde o “Amor” verdadeiramente saciou as fragilidades e vazios do coração.
Vivendo a partir de tais princípios e cuidando sempre e bem do coração, nós nos tornaremos capazes de inaugurar as devidas vias que precederão a tão desejada interação, a ser realizada pelo namoro, e poderemos assim saborear seu posterior êxito e plenitude.

Adriano Zandoná

sábado, 24 de julho de 2010

"A Misericórdia e o Amor de Deus se manifesta em nossa vida de formas que as vezes, devido ao nosso egoísmo e a dureza de nosso coração, não compreendemos. Queremos que tudo se realize no tempo impaciente de nossa vontade. Deus nunca nos abandona. A felicidade consiste em simplesmente confiar e fazer Sua vontade.Confiar e Crê em Deus, sabendo que é Ele que nos faz perfeitos, não por nossas próprias obras ou méritos, mas porque nos deixamos guiar por Ele."

terça-feira, 22 de junho de 2010

A Mulher Virtuosa
"Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu valor. Confia nela o coração de seu marido e jamais lhe faltará coisa alguma. Ela lhe proporciona o bem, nunca o mal, em todos os dias de sua vida." Provérbios 31, 10 - 12

Vozinha,

A Senhora foi um grande exemplo de mulher pra mim.
Avó, bisavó, mãe, sogra, irmã, tia, esposa... amorosa, dedicada, batalhadora, acolhedora, conselheira, mulher de fé... Nesses últimos dias, de maneira especial, pude aprender mais ainda com a senhora. Uma mulher guerreira, que sofreu muito e lutou para viver. Naquele dia, em que a senhora me olhou e segurou na minha mão, já foi uma despedida...Eu não imaginava, que dias depois, Deus a chamaria novamente para junto Dele... Ali foram horas preciosas pra mim. Obrigada por ter me proporcionado tantos dias de alegria. Quando eu era criança, a senhora gostava de brincar comigo, fazia aquela batatinha frita da hora pra mim, rsrs... e quando menos se esperava, soltava aquela gargalhada...rsrs... que risada mais gostosa... Nunca me esquecerei.
Obrigada vó por ter cuidado de mim.
Obrigada Senhor, pela avó maravilhosa que ganhei e por ela ter passado todos estes anos ao nosso lado.
Até um dia, vozinha!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sagrado Coração de Jesus

A sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes a Igreja Católica celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Além da celebração litúrgica, muitas outras expressões de piedade têm por objeto o Coração de Cristo. Não tem dúvida de que a devoção ao Coração do Salvador tem sido, e continua a ser, uma das expressões mais difundidas e amadas da piedade eclesiástica. Entendida à luz da Sagrada Escritura, a expressão “Coração de Cristo” designa o mesmo mistério de Cristo, a totalidade do seu ser, a sua pessoa considerada no seu núcleo mais íntimo e essencial.
As formas de devoção ao Coração do Salvador são muito numerosas; algumas têm sido explicitamente aprovadas e recomendadas pela Santa Sé. Entre elas devem ser lembradas: a Consagração pessoal, que, segundo Pio XI, “entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal”; a Consagração da família; as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus; o Ato de Reparação; e a prática das Nove Primeiras Sextas-feiras.
É preciso, porém, que se instrua de maneira conveniente os fiéis: sobre o fato de que não se deve pôr nesta prática uma confiança que se converta em vã credulidade que, na ordem da salvação, anule as exigências absolutamente necessárias de Fé operante e do propósito de levar uma vida conforme ao Evangelho; sobre o valor absolutamente principal do domingo, a “festa primordial”, que deve caracterizar-se pela plena participação dos fiéis na celebração eucarística.


Namorar é muito bom
Penso que toda pessoa deva ter alguém na vida para partilhar as suas alegrias e tristezas, conversar, brincar, descontrair-se. Algumas escolhem ter muitos amigos e por isso colocam nestas relacões de amizade estas possibilidades de partilha. Mas além dos amigos, outras se sentem atraídas por alguém em especial, que lhes causa certo desejo de estarem juntos, brotando sentimentos e emoções imotivadas quando se encontram, os olhos brilham, o coração bate mais forte: acontece o enamoramento, primeiro sintoma de um amor que pode amadurecer até um casamento feliz. Isso leva tempo e é preciso explorar bem todas essas emoções, cruzar isso com a razão, polvilhar com muito diálogo e uma partilha aberta e irrestrita de vida. A isso tudo podemos chamar de namoro, uma fase a vida de quem é chamado a viver com alguém, que começa e nunca termina, pois ao terminar o namoro, acabou o amor.
Muitos casamentos entram em crises profundas pela falta de namoro. Pensam que depois que estão casados, portanto, morando juntos, isso ficou para trás. Mas é exatamente o contrário, a fase mais extraordinária do namoro é o casamento. O matrimônio proporciona a melhor hora de namorar e namorar muito se os cônjuges buscam ocasiões para estarem juntos e apreciarem a presença um do outro, passear e conversar muito, fazer planos para o futuro e para os filhos, descontrair, beijar e amar-se profundamente.
Essa é uma leitura amadurecida de um relacionamento que não deixou as dificuldades próprias da vida colocarem sombras sobre toda luz que emana de duas pessoas que se amam, que cultivaram este amor e que querem crescer juntas e terem uma vida cheia de sentido e prazer. O prazer, sobretudo o sexual, é uma graça própria do sacramento do matrimônio, fonte de alegria, como diz a Encíclica Casti Connubbi, do Papa Pio XI.
O namoro é uma grande conquista antes do casamento e depois do casamento. Podemos até fazer comparação com o amor de Deus, que é um amor apaixonado. Namorar é tão bom que eleva a alma a Deus, produz efeitos positivos na saúde física e psíquica da pessoa. O amor começa no namoro e tende a acabar quando o namoro para. É tempo de retomada, caprichem!
Se você não é casado ainda, e não tem namorado(a), busque a pessoa certa, o que não quer dizer perfeita, e não tenha medo de namorar, deixando o sexo para depois do casamento. A pessoa é construída pelo amor que lhe damos, se ela for receptiva. O amor nasce de encontros, de olhares, perca o medo e deixe-se levar pelas emoções, invista e insista nos sentimentos.
Diácono Paulo Lourenço
Por que não consigo namorar?
Por que eu não consigo namorar? Acho que para responder a esta pergunta primeiro é preciso saber o que é namorar?
Segundo nosso amigo Aurélio namorar é: .“procurar inspirar amor” Aqui entramos em outro ponto delicado, tem muita gente que não sabe o que é amor.
Acredito que duas coisas gritam mais forte nesta questão do não namorar:
> O Boicote
Muitas atitudes podem afastar um possível amor. Mas, de acordo com especialistas, todas possuem algo em comum: o auto boicote. Na maioria das vezes inconscientemente, as pessoas têm medo de sofrer, do rompimento ou até mesmo de experimentar o afeto. Namoro é tempo de conhecimento, é preciso tentar. Estar disposto a se arriscar! Mas calma vai devagar. Conheça bem a pessoa e lógico busque escutar Deus que fala nos fatos. Nada de relacionamento a dois, e sim a 3. Você sua namorado (a) e Deus.
Outro ponto que acontece demais são Experiências desastrosas. Muitas pessoas tentam entrar em relacionamentos sem perceber que estão traumatizadas. Elas têm receio de envolvimento emocional porque já sofreram no passado, mas nem se dão conta.
Se você se enquadrou em algum dos dois casos é hora de ver a vida com outros olhos.Se a pessoa reza, reza se coloca diante de Deus e ainda está sozinha com o título de encalhada é por que ainda não tomou consciência de que tem um valor tão grande. E por valer tanto não ficou com qualquer um ou qualquer uma. Acreditar mais em você. Acreditar que os planos de Deus se cumprem no tempo certo. Tenho uma frase comigo. Garanto que já deve ter passado muita gente, mas como você sabe o que quer, não ficou pelo caminho.
Adriano Goncalves

terça-feira, 8 de junho de 2010

Amanhã pode ser tarde
Amanhã pode ser muito tarde
Para você dizer que ama,
Para você dizer que perdoa,
Para você dizer que desculpa,
Para você pedir perdão,
Para você dizer:Desculpe-me, o erro foi meu!…
Para você dizer que quer tentar de novo…
O seu amor, amanhã, pode já ser inútil;
O seu perdão, amanhã, pode já não ser preciso;
A sua volta, amanhã, pode já não ser esperada;
A sua carta, amanhã, pode já não ser lida;
O seu carinho, amanhã, pode já não ser mais necessário;
O seu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços…
Porque amanhã pode ser muito…muito tarde!
Não deixe para amanhã para dizer:
Eu amo você!
Estou com saudades de você!
Perdoe-me!
Desculpe-me!
Esta flor é para você!
Você está tão bem!…
Não deixe para amanhã
O seu sorriso,
O seu abraço,
O seu carinho,
O seu trabalho,
O seu sonho,
A sua ajuda…
Não deixe para amanhã para perguntar:
Por que você está triste?
O que há com você?
Ei!…Venha cá, vamos conversar…
Cadê o seu sorriso?
Ainda tenho chance?…
Já percebeu que eu existo?
Por que não começamos de novo?
Estou com você.
Sabe que pode contar comigo?
Cadê os seus sonhos? Onde está a sua garra?…
Lembre-se:
Amanhã pode ser tarde…muito tarde!
Procure. Vá atrás!
Insista! Tente mais uma vez!
Só hoje é definitivo!
Amanhã pode ser tarde…muito tarde!..
Autor desconhecido

sábado, 8 de maio de 2010

A solidão necessária

Por muito tempo a solidão foi tratada como algo ruim ao ser humano, definida como “vazio interior”, associada ao isolamento de pessoas e até diagnosticada como doença. Toda definição de solidão como algo plenamente negativo está equivocada. O ser humano, por natureza, tende a ser para os outros, a se relacionar e a viver em sociedade, mas também tem necessidade de estar consigo mesmo, de viver uma solidão necessária.

Não me refiro aqui ao isolamento patológico, aquele que surge mais como sintoma de uma enfermidade e que não pode ser definida apenas como um sentimento, como é o caso da depressão, por exemplo, visto que esta deve ter o acompanhamento profissional e tratamento médico.

Muitas pessoas evitam uma solidão que lhes permite estar consigo mesmas, fogem então da possibilidade do encontro, da cura, do autoconhecimento. Geralmente fugimos de algo que nos assusta, daquilo que não queremos enfrentar e que nos causa dor e tristeza.Muitas pessoas evitam uma solidão que lhes permite estar consigo mesmas, fogem então da possibilidade do encontro, da cura, do autoconhecimento. Geralmente fugimos de algo que nos assusta, daquilo que não queremos enfrentar e que nos causa dor e tristeza.

O homem moderno continua temendo o desconhecido, no entanto, este não está nem tanto no exterior ou nas fantasias criadas pelos outros; o homem, ainda que inconscientemente, tem medo do seu “desconhecido” interior, de mergulhar nas profundezas do seu ser, e como a solidão é a porta para adentrar no desconhecido do seu “eu”, o homem cria mecanismos de defesa, entra no “agito”, no trabalho frenético, nas “baladas” sem fim, na busca desenfreada por dinheiro, sexo, diversão, tudo isso como medo de si mesmo.

Existe uma solidão necessária para o homem como alternativa da busca de si mesmo, mas não para se encerrar em si, mas para transcender, pois o ser humano, por si só, também é um poço de limites, entregue a si mesmo ele também não se satisfaz, mas sua finitude o impulsiona para o infinito. E aqui entra a maravilhosa descoberta filosófica – e por que não teológica - de Santo Agostinho: Noli foras ire, in teipsum redi: in interiore homine habitat veritas. Em português: “Não vá fora, entra em ti mesmo: no homem interior habita a verdade”.

No seu pensamento, Santo Agotinho, doutor da Igreja, percebe que quanto mais o homem fica no exterior, tanto mais esvazia-se de si mesmo; ao contrário, quando este entra em si mesmo, recolhendo-se em sua intimidade, é justamente aí que encontra Deus. Então, constatamos que o segredo para o ser humano é a intimidade consigo e com o seu ser espiritual.

No entanto, muitos de nós hoje não compreendemos isso, a nossa ideia de Deus lá nos céus, incapaz de ser alcançado, muitas vezes, é objeto do temor de entrarmos em nós mesmos e de nos conhecermos. Por isso, muita gente, quando foge da solidão, foge de si mesma e, por consequência, foge do encontro com o Todo-poderoso.

Existe em nós uma abençoada solidão, aquele “vazio” interior que não é algo ruim, mas sim, o convite do próprio Deus para O encontrarmos num lugar em nosso interior, no qual somente Ele habita. E ali é só Ele e você, nada e ninguém mais, silêncio e diálogo (oração). Todo homem recebe este convite, mas poucos respondem a ele.

Portanto, nem toda solidão deve ser curada e reprimida, há a solidão como condição necessária para o encontro; esta deve ser vivida.



Daniel Machado
Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Como cativar alguém?

Para cativar, precisamos mais do que palavras ou atitudes. Cativamos alguém dando-nos sem reservas a ele. Oferecendo-nos a quem queremos cativar, de maneira que seja explícito nosso sincero desejo de nos dar, de repartir a pessoa que somos, como se disséssemos: 'tome-me pra você!'
Cativar também é próprio de quem ama!
Se Deus me cativou é sinal de que compreendi que Ele se deu a mim!


Ricardo Sá

quinta-feira, 1 de abril de 2010

1º de abril, um dia para se falar a verdade
O folclórico dia da mentira tem sua origem na confusão de um calendário. O fato ocorreu por volta do século XV, quando o então rei da França Carlos IX decretou o início do ano corrente como o 1º de Janeiro, seguindo o calendário gregoriano.

Alguns camponeses e povoados mais distantes do rei não acreditaram no decreto e continuaram a celebrar o início do ano em 1º de Abril, isso fez com que passassem a ser ridicularizados pelo restante da população com brincadeiras de notícias mentirosas. Estas “peças” passaram a fazer parte da celebração do 1º de Abril que, ao longo do tempo, tomou conta de toda a França e do mundo, ora com o nome de “dia da mentira”, ora como o “dia dos tolos”.

Hoje, o dia da mentira é tido como uma brincadeira. Com a globalização, a data ganhou destaque em importantes meios de comunicação e, com o advento da internet, agências de notícias famosas fizeram circular notícias bizarras como forma de celebração desse dia.
Brincadeiras e folclore à parte, a verdade é que mentira pode provocar consequências desastrosas para um País, para uma família, uma empresa, uma pessoa. Como dizia Gandhi: “assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida.”

Mesmo que no dia 1º de Abril contemos alguma mentiras para não deixar passar em branco esta “brincadeira”, a verdade é que temos sede de sinceridade, queremos a confiança, queremos reciprocidade, queremos nos manifestar tal como somos, pois não aguentamos por muito tempo a dissimulação, a falsidade e a corrupção. Algo dentro de nós grita pelo verdadeiro e autêntico. No fundo, todo homem anseia viver em comunidade para partilhar a verdade e a justiça.
Jesus disse: “E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará (João 8, 32). Aprendamos que só a verdade nos torna pessoas livres, o bem mais precioso para o homem. É na liberdade que começa e termina todos os nossos caminhos, ela é a pérola do nosso querer.
No dia da mentira precisamos redescobrir a nossa vocação de testemunhar e comunicar a verdade. Não suportamos mais o que o Papa Bento XVI classificou como a “ditadura do relativismo”, queremos mesmo é a liberdade que vem pela verdade. Vivemos tempos de desconfiança e opressão pela mentira, ora lá, ora cá, nos perguntamos se não estamos sendo enganados, pois quem sabe nos acostumamos com o falso...



Daniel Machado

sexta-feira, 26 de março de 2010

Deus me ama


Senhor, quando estou diante de Ti, meu coração se enche de paz,
Doce paz que penetra meu ser e invade minha alma.
Não consigo viver sem Teu amor.
Tu me sustentas e me livra de todos os temores.
Contigo o caminho é seguro.
És um Pai amoroso que me escuta e acolhe minhas súplicas.
Tu conheces o mais íntimo de mim, os meus desejos e anseios,
Sondas meus pensamentos e meu coração,
Tudo sabes antes mesmo que eu conheça.
Tão pequena eu sou.
Não sou digna de Ti.
Mas Tu vens ao meu encontro e me diz:
“Eu te amo incondicionalmente.”
Grata eu sou por Este Amor.
Quero adorar-Te eternamente,
Te louvar e agradecer pelas grandes maravilhas que realizas em minha vida.


By Katiane Lima

domingo, 14 de março de 2010

Espera
Esperar não é nosso forte, vai me dizer que gosta de ficar horas e horas em uma fila? Pior é quando a fila anda e você se vê cada vez mais longe. Angústia na certa!
E quando a espera pela pessoa certa, que seria apenas um tempo, se torna uma eternidade?
Encontrar a pessoa certa depende de como você tem vivido este tempo de espera.
Somos muito imediatistas e não gostamos de esperar. Deixamos muitas vezes o medo e a ansiedade tornarem-se empecilhos à concretização das promessas de Deus em nossa vida. Mas se soubermos lidar com estes sentimentos, conquistaremos as promessas do Senhor no tempo certo!
Tem gente que espera de braços cruzados, reza todos os dias e pede a Deus a pessoa certa. Mas uma espera, sem esperança, sem atenção. Às vezes Deus já mandou e você por estar de braços cruzados, deixou a pessoa passar e não correu para o abraço.
É necessário estar atento as pessoas que estão ao seu redor, no seu grupo, na faculdade.
Gosto do salmo que diz “Esperando eu esperei”, saber viver esta espera com esperança, com ação. Se cuidar, se arrumar. Lógico não em vista de outro, mas para se sentir bem consigo mesmo! Só quando nos amamos poderemos amar o outro. Pois só damos o que temos!
E se você está sozinho te pergunto: será que não é preciso estar assim?
Embora não gostando da idéia de ficarmos sozinhos, às vezes a coisa que mais tememos é a coisa que mais precisamos. Não apenas podemos ficar solteiros um tempo, mas às vezes devemos ficar sozinhos um tempo. Se queremos encontrar o amor, precisamos nos conhecer antes de conhecer quem quer que seja. De outro modo podemos ficar tentando achar nossa própria identidade nos outros.
Ficar solteiro um tempo tem um propósito. Isso nos liberta para que possamos firmar nossos objetivos e sonhos na vida, para que possamos conhecer nossas paixões e como queremos melhorar o mundo. Isso abre nossos olhos. Ficar solteiro um tempo não significa ser solitário; ficar solteiro um tempo significa ter uma oportunidade de aprender a viver para os outros. Vivendo com propósitos estará fazendo crescer a pessoa certa que é você!
Às vezes no tempo a “sós” descobrirá que na verdade é chamado(a) a outra vocação. Como dizia PE. Leo: “Quando não achamos a tampa de nossa panela, podemos ser uma frigideira!”
Não importa a quantidade do tempo, mas a qualidade do tempo que você tem vivido.
Que sua oração, se torne também, a ação deste tempo!


Adriano Gonçalves

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

40 dias de reflexão


Com a celebração das cinzas damos início ao grande e forte tempo de oração, penitência e Jejum, que se pode também traduzir por tempo de partilha. É o tempo de conversão do coração humano ante as necessidades dos outros.
Como o próprio nome no-lo diz, são quarenta dias de penitência que nos preparam para a celebração da vitória final da graça sobre o pecado e da vida sobre a morte. Durante estes dias, a nossa oração se torna mais intensa e a penitência mais acentuada. É um tempo de retorno a Deus, de conversão e de abertura aos outros.
A imposição das cinzas nos recorda que nossa vida na terra é passageira, que algum dia vamos morrer e que o nosso corpo vai se converter em pó e que a vida definitiva se encontra no céu. Ensina-nos ainda , que os céus e a terra hão de passar um dia. Em troca, todo o bem que tenhamos em nossa vida nós o vamos levar à eternidade. Ao final da nossa vida, só levaremos aquilo que tenhamos feito por Deus e por nossos irmãos.
As cinzas são um sacramental, que não nos tira os pecados, mas nos relembra a nossa condição de miseráveis, de frágeis e pecadores. E assim, reconhecendo a nossa situação, recorremos ao Sacramento da Reconciliação. É um sinal de arrependimento, de penitência, mas, sobretudo de conversão. Com esta celebração damos início a nossa caminhada com Cristo do Jardim das Oliveiras, até ao triunfo na manhã do primeiro dia da semana que é o Domingo da Ressurreição.
Quaresma é realmente o tempo de reflexão em nossa vida, de entender aonde vamos, de analisar como está nosso comportamento com nossa família, o marido, a esposa, os filhos, os pais e todos os que nos rodeiam.
O Evangelho de hoje nos oferece uma ajuda, e nos faz entender como praticar as três obras de penitência - oração, esmola e jejum - e como utilizar bem o tempo da Quaresma. Jesus fala das três obras de piedade dos judeus: a esmola, o jejum e a oração; e faz uma crítica pelo fato de que eles as praticam para serem vistos pelos outros.
O segredo para o efeito é a atenção para que não sejamos como os fariseus hipócritas: «Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus» (Mt 6, 1).
Para Jesus é preciso criar uma nova relação com Deus, e ao mesmo tempo Ele nos oferece um caminho de acesso ao coração de Deus. Para Ele, a justiça consiste em conseguir o lugar onde Deus nos quer. O caminho para chegar ali está expresso na Lei de Deus. «Se a vossa justiça não superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus».
Dizia anteriormente que este é o tempo de oração, que se caracteriza por uma relação de aliança entre Deus e o homem em Cristo. Este encontro com Cristo não se exprime apenas em pedidos de ajuda, mas também em louvor, ação de graças, escuta e contemplação. Rezar é confiar no Senhor que nos ama e corresponder ao Seu amor incondicional. Por sua vez, a oração penitencial privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o coração para o perdão e para a reconciliação.
É tempo da prática do jejum. O jejum tem certamente uma dimensão física, como a privação voluntária de alimentos. O que jejuamos deve ser partilhado, ou seja, entregue aos nossos irmãos que passam fome. É e sobretudo a privação do pecado. O jejum é sinal do combate contra o espírito do mal. O modelo deste combate é Cristo, que foi tentado muitas vezes ao sucesso, ao domínio e à riqueza. No entanto, a sua vitória sobre todo o mal que oprime o homem inaugurou um tempo novo, um reino de justiça, de verdade, de paz, de amor e de partilha.
A experiência do jejum exterior e interior favorece a opção pelo essencial. No nosso tempo, o jejum tornou-se uma prática habitual. Alguns jejuam por razões dietéticas e estéticas. O jejum cristão não tem uma dimensão dietética ou estética como é prática nos nossos dias, mas sim uma referência Cristológica e solidária com os nossos irmãos e irmãos excluídos da sociedade por causa de diversas condições: raciais, religião, cor, tribo, língua etc. Como Cristo e com Cristo jejuamos para sermos mais solidários e abertos ao outro. Sob várias formas podemos jejuar, como por exemplo, o jejum midiático da televisão, da internet, do celular, da língua e etc; para redescobrirmos a beleza do diálogo em família, da partilha de interesses, do encontro e da comunhão com os irmãos.
Quando como cristãos vivemos bem o jejum, nos convertemos em seres solidários, seres que partilham tudo entre todos. Ninguém chamará de ’seu’ o que possui. Por outras palavras, atualizaremos o Atos dos Apóstolos 2,42 que é a essência do cristianismo. A relação dinâmica entre o amor e a adesão a Cristo, fazem do gesto de ajuda, expresso na esmola, uma partilha fraterna e não uma esmola humilhante.
Quaresma é tempo de dar esmola, e esta nos ajuda a vencer a incessante tentação, educando-nos para ir ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos. Tal é a finalidade das coletas especiais para os pobres, que são promovidas em muitas partes do mundo durante a Quaresma. Desta forma, a purificação interior é confirmada por um gesto de comunhão eclesial, como acontecia já na Igreja primitiva.
Hoje, a oração, o jejum e a esmola não perderam a atualidade, e continuam a ser propostos como instrumentos de conversão. A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a melhorar a relação com Deus, conosco próprios e com os outros.
E o maior dentre eles é o amor. O amor é criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade. Permite-nos que contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das atitudes no caminho da paz. Faz-nos evitar a crítica maldizente, os preconceitos e os juízos acerca dos outros, favorece a autenticidade da vida cristã. E tem como obstáculos a vencer o egoísmo e orgulho, que impedem a generosidade do coração.
Estamos hoje diante de um convite veemente: CONVERTEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos convida à conversão interior, à mudança de mentalidade para acolher o Reino de Deus e para anunciar a Boa notícia.

Padre Bantu

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Como saber quem é a pessoa certa?



“É o coração que aproxima as pessoas, mas é a razão que deve decidir com quem se casar.
Deus é o maior interessado que o casamento seja harmonioso; logo, a fé nos diz que Ele nos coloca no caminho da pessoa certa. Por isso, ore para encontrar a pessoa adequada para se casar com você, se é isso que você quer. Mais do que nós, Deus está interessado nisto; peça-Lhe com fé. Tenho visto muitos jovens de fé encontrarem a pessoa adequada para o casamento, porque pediram isso a Deus.
“Vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2,18)
Da mesma forma, a cada um que deseja casar-se, “no Senhor” (1Cor 7,39), Ele lhe dá uma pessoa adequada. Isso não quer dizer que Ele lhe dará uma pessoa perfeita, pronta. Mas lhe dará uma pessoa com quem você poderá construir a vida a dois e formar uma família. O discernimento não será dispensado para se saber quem é esta pessoa, e o namoro é exatamente para isso.”
Felipe Aquino